Com 75% das obras concluídas, a Ponte Internacional da Rota Bioceânica, que ligará Porto Murtinho (MS) a Carmelo Peralta, no Paraguai, pode estar disponível para trânsito já no primeiro semestre de 2026, mesmo com trechos ainda em estrada de terra.
A previsão foi feita nesta quarta-feira (3) pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, durante a Rodada de Negócios Brasil–Chile, realizada na sede da Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande.
O encontro reuniu autoridades e empresários dos dois países para discutir cooperação bilateral, parcerias empresariais e projetos estratégicos. A Rota Bioceânica é um dos principais pontos de integração previstos, conectando Brasil, Paraguai, Argentina e Chile.
Entusiasmada com o andamento da obra, a ministra destacou que a ponte ficará pronta no primeiro semestre de 2026, mas que a parte mais demorada será a construção da alça, prevista para o fim do mesmo ano. No momento, as equipes trabalham no carro de avanço para unir os dois lados da estrutura e na instalação das grades de proteção.
"Como a alça não precisa estar totalmente pronta para as pessoas trafegarem, nós já poderemos fazer turismo no deserto do Atacama e eles poderão vir conhecer Campo Grande, o Pantanal, Bonito, enfim, toda a região de Mato Grosso do Sul ainda no primeiro semestre. Ou seja, com a ponte pronta, ainda que haja algum pequeno trecho de estrada de terra, já podemos trafegar, seja para o turismo, seja para aproximar na área da culinária, seja, o que é mais importante ainda, para os investimentos", afirmou a ministra.
Com informações de Campo Grande News
O Senado Federal aprovou, na noite dessa terça-feira (2), em Brasília, o Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 125, de 2022, que estabelece o Código de Defesa do Contribuinte e define regras mais rígidas contra o devedor contumaz. A votação unânime incluiu emendas propostas pela CNT, que visam proteger as empresas do setor, diferenciando-as daquelas que praticam a inadimplência fiscal. A matéria segue agora para a análise da Câmara dos Deputados.
O objetivo do projeto é combater empresas que utilizam o não pagamento de tributos como uma vantagem competitiva desleal. A atuação da CNT no texto buscou garantir que companhias que enfrentam dificuldades financeiras pontuais ou discutem débitos judicialmente não sejam indevidamente enquadradas como devedoras contumazes, o que poderia inviabilizar suas operações.
Emendas sugeridas pela CNT garantiram proteção ao setor
A Confederação atuou para preservar a saúde das empresas de transporte, e o texto aprovado atendeu parcialmente aos pleitos apresentados. Os pleitos do setor de transporte foram defendidos pelo senador Laércio Oliveira (PP/SE) e acatados pelo relator, senador Efraim Filho (UNIÃO-PB), o que resultou em avanços significativos, como:
• Exclusão de débitos em discussão: Créditos tributários que são objeto de contestação ou recurso administrativo com base em controvérsia jurídica relevante serão deduzidos do cálculo que enquadra a empresa como devedora contumaz. Além disso, foi retirada a proibição para que essas empresas participem de programas de transação tributária.
• Manutenção de contratos públicos: Foi incluída a previsão de que empresas enquadradas como devedoras contumazes, mas que prestam serviços essenciais ou operam infraestrutura crítica, como é o caso de grande parte do setor transportador, não sejam impedidas de contratar com a administração pública.
• Foco no devedor principal: O texto foi ajustado para que a norma se aplique apenas ao devedor principal do tributo, retirando a expressão "ou de corresponsável", o que evita a penalização indevida de sócios e administradores ou prestadores de serviços em diversas situações.
Limites para enquadramento são ponto de atenção
Apesar das vitórias, um ponto no texto ainda preocupa a CNT: os valores que definem um devedor contumaz. A Confederação defende que os limites fossem mais elevados, considerando a realidade de faturamento do setor. A proposta da Entidade era que o enquadramento ocorresse para dívidas em valor igual ou superior a R$ 30 milhões ou que correspondessem a 50% do faturamento do ano anterior.
No entanto, o texto aprovado pelo Senado estabeleceu limites mais baixos. Será considerada devedora contumaz a empresa com créditos tributários irregulares em valor igual ou superior a R$ 15 milhões e que, simultaneamente, correspondam a mais de 100% do seu patrimônio conhecido.
Próximos passos
Com a aprovação no Senado, o Projeto de Lei Complementar nº 125/2022 será remetido para a Câmara dos Deputados, onde passará por novas discussões e votações nas Comissões e no Plenário antes de seguir para a sanção presidencial.
Fonte: CNT
Foto: Agência Senado/Pedro França
A Embaixada do Brasil em Georgetown promove no dia 11/9 (quinta-feira), das 10h às 13h, um webinar sobre a implementação do Acordo Internacional de Transporte Rodoviário (IRTA) entre Brasil e Guiana.
Será uma oportunidade para conhecer detalhes dos procedimentos e licenças necessárias diretamente com os órgãos de fiscalização dos dois países.
Do lado brasileiro, o evento contará com presença do Ministério de Relações Exteriores, ANTT, PRF e Receita Federal. Pela Guiana, participam representantes do Ministério do Interior, de Relações Exteriores, entre outros.
A ABTI estará presente e convida os associados a aproveitarem essa oportunidade e participarem.
-Modalidade: Virtual
-Data: 11/9
-Horário: 10h às 13h
-Confira a Programação completa.
Inscrições pelo link: https://forms.gle/rpQQKsZbNjoRD55QA