Neste mês de março, durante a semana do Mercosul, a ABTI realiza a mais nova edição do SIMERCO – Seminário Itinerante do Mercosul, para tratar de um tema de extrema relevância para o transporte internacional: a atualização do Acordo para a Facilitação do Transporte de Produtos Perigosos.
Através da Decisão CMC 15/2019, internalizada por todos os países do bloco, o acordo entrou em vigor no úlitmo dia 12 de fevereiro. Para esclarecer os impactos dessa regulamentação e garantir que as empresas do setor estejam preparadas, o SIMERCO contará com a presença do PRF Fabiano Goia, referência nacional na fiscalização do transporte de produtos perigosos.
O evento será híbrido, e as inscrições são totalmente gratuitas para os associados da ABTI.
Para não associados, o Seminário terá custo de R$149,90. Parte do valor arrecadado será destinado a entidade beneficente.
Porém corra, as vagas presenciais são limitadas! Inscreva-se aqui.
Confira os detalhes abaixo:
Serviço
SIMERCO – Seminário Itinerante do Mercosul
Tema: Atualização do Acordo para a Facilitação do Transporte de Produtos Perigosos no Mercosul.
Data: 24 de março.
Horário: Cadastramento a partir das 17h30
Local: Auditório do SEST SENAT de Uruguaiana (Rua Perimetral Oeste, 3601 - clique para ver no mapa).
Transmissão Virtual: O link será enviado aos inscritos próximo a data do evento.
Em caso de dúvidas sobre a inscrição, entre em contato (55) 98156-0000.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informou à ABTI que, diante da falta de avanço com as autoridades argentinas sobre as multas indevidas aplicadas a transportadores brasileiros por não portarem duas placas traseiras, solicitou apoio do Ministério das Relações Exteriores (MRE) para tratar a questão por meio de articulação diplomática.
A Agência destacou que já realizou diversas tentativas de diálogo com os órgãos argentinos responsáveis, sem obter solução satisfatória até o momento. Agora, aguarda um posicionamento do MRE para reforçar a necessidade de eliminar esse entrave, garantindo o cumprimento dos acordos bilaterais entre Brasil e Argentina. Também foi informado que as autuações geradas contra os associados e compartilhadas pela ABTI com a Agência estão sendo usadas para desenvolver um tratamento à questão.
A ABTI segue recebendo e encaminhando as multas registradas na Argentina. Transportadores que forem autuados podem enviar as informações para nosso e-mail conformidade@abti.org.br. O envio das autuações fortalece o pleito pela suspensão dessas penalidades injustas.
Reforçamos que é possível verificar se há multas registradas na província de Córdoba de forma online através do link: https://www.rentascordoba.gob.ar/emision/ver-y-pagar/caminera
Diante da perspectiva de alta na taxa básica de juros, do dólar valorizado e da inflação persistente, o setor de transporte precisa avaliar com cautela os investimentos. A edição de fevereiro do Boletim de Conjuntura Econômica, publicado pela CNT (Confederação Nacional do Transporte), analisa os principais indicadores que impactam a atividade transportadora e traça um panorama do atual momento econômico do país.
Entre os destaques, o Boletim aponta que a meta da taxa Selic pode atingir 14,25% em março, o maior patamar desde 2016. Atualmente em 13,25% ao ano, a alta projetada pelo Copom (Comitê de Política Monetária) busca conter a inflação, mas contrasta com o cenário internacional, em que muitos países já iniciaram a redução dos juros.
A redução das taxas de juros no exterior pode amenizar a cotação do dólar, já que investidores buscam rendimentos mais elevados nos ativos brasileiros. Apesar da política monetária restritiva, a potencial valorização do real frente ao dólar pode trazer algum alívio ao setor, reduzindo custos de importação de insumos como combustíveis e peças. No entanto, o fortalecimento da moeda brasileira tende a diminuir a competitividade das exportações, impactando o volume de fretes internacionais.
Quanto aos destaques dos dados relativos ao setor em 2024, o volume de serviços de transporte, mensurado pela Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), caiu 0,7%. O segmento de cargas apresentou retração de 4,6%, enquanto o segmento de passageiros registrou desempenho positivo, com crescimento de 1,9%.
Inflação pressiona custos do transporte
A inflação segue como fator de preocupação para o setor. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) registrou alta de 0,44% em janeiro, a menor variação para o mês desde 1994. Mas, no acumulado em 12 meses, a inflação alcançou 4,56%, acima do teto da meta estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional).
No grupo de transportes, os custos continuam subindo. Em janeiro, o setor registrou inflação de 1,30%, impulsionada pelo aumento das passagens aéreas (alta de 10,42%) e pela elevação dos preços dos combustíveis, que subiram, em média, 0,75% no mês. Entre os combustíveis, o etanol teve a maior alta (1,82%), seguido do óleo diesel (0,97%) e da gasolina (0,61%). No acumulado de 12 meses, os aumentos chegam a 21,59% para o etanol, 10,71% para a gasolina e 2,66% para o óleo diesel.
Emprego no transporte segue em alta
O setor de transporte gerou 113.786 postos de trabalho em 2024, resultado da diferença entre 1.386.087 admissões e 1.272.301 desligamentos. O estoque de trabalhadores formais atingiu 2,81 milhões, representando 6,0% do total de empregados com carteira assinada no Brasil (47,21 milhões de trabalhadores). O transporte rodoviário de cargas impulsionou o crescimento no ano, com a criação de 60.215 empregos.
Acesse: Boletim de Conjuntura Econômica
Fonte: CNT