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O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou esta quarta-feira um desembolso de US$ 7,5 bilhões de dólares para a Argentina no âmbito da missão chefiada pelo ministro da Economia, Sergio Massa, em Washington. Nesse quadro, a grande incógnita do mercado é como a chegada desses dólares, que será efetivada nesta quarta-feira, impactará as reservas do Banco Central (BCRA).

Em conferência de imprensa na terça-feira, Massa deu sinais de aprovar as revisões do acordo com o FMI, que permite à Argentina ter acesso ao desembolso e que foram confirmadas na quarta-feira. E a consequência imediata deste anúncio será que as reservas em dólares hoje refletirão o impacto do desembolso aprovado pelo FMI e, assim, ultrapassarão, pela primeira vez em muito tempo, no fecho, os US$ 30 bilhões.

Como destacou ao jornal Ámbito o diretor da Analytica, Ricardo Delgado, "embora a dinâmica de dolarização que o mercado tem antes das eleições gerais de outubro não se altere, esta notícia é muito relevante em termos de expectativas para o Governo porque ocorre em um momento tão delicado para o mercado de câmbio, e vai dar um certo fôlego nesse sentido".

Nesta terça-feira, as reservas totais da Central ficaram em US$ 23,637 bilhões e o regulador bancário está comprando dólares há seis dias seguidos, ou seja, conseguiu fazer moeda estrangeira no mercado de câmbio oficial todos os dias desde que foi aplicada a desvalorização de 22% do peso, após as eleições primárias.

Como é a dinâmica das reservas do BCRA

Isto deve-se ao facto de uma melhoria na taxa de câmbio estar incentivando as exportações de todos os sectores econômicos, em grande medida, e também porque o Governo tem restringido fortemente as importações. No entanto, o impacto da seca na venda de cereais este ano foi devastador para as reservas e o BCRA é muito procurado devido à necessidade de intervenção no mercado cambial para manter os dólares financeiros afastados.

Neste quadro, a intenção de Massa era aumentar o valor do desembolso que o FMI vai fazer e levá-lo, idealmente, até US$ 10 bilhões. Embora isso não tenha acontecido no fim, foi possível acrescentar na terça-feira US$ 1,3 bilhões que o Banco Mundial (BM) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) contribuem para o que vem do Fundo. E o mercado avalia o impacto da chegada desses valores.

"Sem dúvida, melhorar a posição de reserva, embora muitos apontem que a rede permanecerá em território negativo, é favorável porque reduz pela metade a posição negativa", afirma o diretor da MyR Consultores, Fabio Rodríguez. Mas alerta que o jogo dado por estes desembolsos para intervenções e pagamentos no mercado é limitado porque estão muito alinhados com o calendário de vencimentos previsto para setembro, outubro e novembro com o FMI.

Para onde vão os dólares do FMI

Da mesma forma, menciona que o empréstimo do Catar que serviu para cancelar a dívida com o Fundo e o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), mas não descarta que parte do swap ativado com a China deva também ser pago.

Por outro lado, Sebastián Menescaldi, diretor da EcoGo, sustenta que uma das possibilidades que está sendo considerada é que "o FMI ordene a retenção de parte dos fundos comprometidos para os pagamentos de setembro e outubro" que a Argentina deve fazer à agência. Em suma, com todos os pagamentos que devem ser feitos e, se esta decisão de retenção de fundos for tomada, a EcoGo estima que o BCRA terá cerca de US$ 1,5 bilhões "limpos" restantes.

Assim, assinala que, embora "esteja claro que a chegada desses recursos é a tábua de salvação que Massa foi buscar em Washington e é um bálsamo que trará alguma estabilidade ao cenário, especialmente depois da incerteza que ficou depois nas eleições, a contribuição para as reservas resultantes não é tanto."

Impacto no dólar: o que está por vir

Consequentemente, Menescaldi considera que o pagamento ajuda a manter a perna financeira o mais tranquila possível e a reduzir o impacto do pagamento das importações. Nas palavras de Delgado, o que faz é "dar alguma margem para continuar a apoiar a atividade através das importações e ter uma pequena almofada para intervir no dólar MEP". Mas ele acredita que a situação do mercado continuará a ser "muito desafiadora".

Em suma, como salienta Rodríguez, é inegável que "no curtíssimo prazo, a chegada de US$ 7,5 bilhões do FMI e de US$ 1,3 bilhões do BID e do BM é positiva" (US$ 8,8 bilhões no total). Há um consenso no mercado de que pode ajudar a conter a espiral das diferentes taxas de câmbio, especialmente as financeiras, e a inflação.

Mas, olhando para os meses que se seguem, os analistas alertam que não se trata de fundos que permitam uma intervenção muito forte nas taxas de câmbio porque não se destinam a esse fim.

Agora é fundamental, daqui para frente, levar em conta como continuará a dinâmica de compra do BCRA no mercado oficial, porque isso lhe dará volume em reservas líquidas e lhe garantirá um forte percentual próprio e líquido que permita a intervenção no câmbio. mercado de dólares paralelos e atender a demanda dos importadores.

Fonte: Ámbito

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