
Na semana passada, foi realizada a primeira reunião do Grupo de Trabalho da ABTI sobre Pesos e Dimensões, formado por gestores das transportadoras associadas. O encontro teve como objetivo alinhar os posicionamentos que a Associação, enquanto representante do setor privado, defenderá junto às autoridades e aos fóruns internacionais sobre o tema.
Durante a reunião, os transportadores foram unânimes em estabelecer como prioridade a harmonização da tolerância máxima de peso entre os países do bloco. Ficou definido que a ABTI atuará em defesa da padronização da taxa de tolerância para o Peso Bruto Total (PBT), propondo um percentual de 3% ou 5%, com base no limite de 45 toneladas.
A proposta surge diante das disparidades atualmente praticadas. No Brasil, a tolerância é de 5% do PBT; no Uruguai, de 3%; na Argentina, apenas 500 kg, independentemente da configuração veicular; enquanto Paraguai e Chile não adotam qualquer tolerância. Essas diferenças impactam diretamente a operação das transportadoras e nos procedimentos de controle e fiscalização.
O grupo também deliberou a favor do aumento do limite de comprimento do conjunto cavalo-trator e semirreboque para 19,30 metros — medida já permitida no Brasil —, atrelado à exigência de que o semirreboque possa transportar até 30 pallets. A proposta visa padronizar a capacidade de carga e garantir condições de concorrência equilibradas entre os operadores do bloco, atendendo às demandas do mercado.
A primeira oportunidade para apresentação desses posicionamentos será durante a VI Reunião Ordinária do Subgrupo de Trabalho nº 5 (SGT-5) do Mercosul, que acontecerá nos dias 22 e 23 de abril, em Buenos Aires, com a participação da ABTI.
A criação deste grupo de trabalho foi definida durante a primeira Reunião de Associados de 2025 e representa um passo importante para garantir que as necessidades do transporte rodoviário internacional sejam levadas de forma coesa e fundamentada aos fóruns multilaterais.